I-R-R-I-T-A-D-A!
Estou com raiva. Não se aproxime de mim, sou um porco-espinho. Posso muito bem te matar, mesmo que você saiba que não seria capaz disso.
Na minha testa está escrito com todas as letras: I-R-R-I-T-A-D-A! Realmente estou naqueles dias, e nem pense que é TPM, pois isso me deixará mais rabugenta. Grito, faço manha, esperneio, crio situações, fico descabelada. Quero descontar isso tudo em alguém. Esse peso que eu não sei o que é, me deixa insuportável. Estou vermelha, não de vergonha, mas de pura IRA!
Alguém que me pare! Quero que o mundo seja atingido por uma GRANDE bomba atômica! Ahhhhhhhh!
Depois de intensos e longos gritos abafados pelo travesseiro ou pela janela mesmo, a gente começa a respirar mais rápido, com o coração acelerado. Nosso corpo não foi feito para aguentar sentimentos maus.
A seguir, quando passa o momento de loucura raivosa, nós vamos começanco a sentir aquela paz. Olhamos em volta, respiramos fundo e nos perguntamos: Pra quê tudo isso? Tanta birra? Tantas brigas?
Deitamos na cama. Fechamos os olhos e começamos a pensar em coisas boas. Ninguém que tivesse nos visto só agora poderia saber que instantes antes estávamos passando por um sentimento que pode atingir até os mais controlados: a RAIVA!
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